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terça-feira, 1 de março de 2011

Bloco do Mestre é articulado em Pelotas.


O Movimento de apoio ao Mestre Baptista continua sua caminhada neste carnaval. No dia 12 de Fevereiro foi realizada a Mostra Cultural em Homenagem ao Sopapo, promovido pelo Clube Cultural Fica Ahi, Grupo Odara, Ação Griôt de Pelotas, Grupo de Artistas Plásticos Negros, Coletivo Catarse e Projeto NEAB ICH/UFPel, e com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas, na confecção de camisetas e cartazes.

Como continuidade deste evento, o Clube Cultural Fica Ahi articulou o BLOCO DO MESTRE, que abrirá o desfile das campeãs do carnaval de Pelotas, no dia 12 de Fevereiro. Quem quiser participar desta homenagem ao Grande mestre Batista, basta adquirir uma camiseta, que estão a venda no Clube Cultural Fica Ahi e se fazer presente no dia dos desfiles das Campeãs do Carnaval de Pelotas. Quem já comprou a sua durante a Mostra Cultural, compareça aos ensaios e venha se divertir!!!

Toda a renda será destinada ao Mestre Batista.

Dilermando, do Grupo Odara, no dia de Homenagem
ao Sopapo
, com a camisa do Bloco do Mestre.



Ensaios

Nos dias 04/03 (sexta feira) e 09/03 (quarta feira) acontece no Clube Cultural Fica Ahi, o ensaio para o grande dia. Todos estão convidados a partir das 20h!

Informações: 53 91295515 com Virgínia ou 53 84043090 com Letícia

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mostra Cultural para Mestre Baptista

A Catarse participa do movimento de apoio ao Mestre Baptista que realizará uma Mostra Cultural para arrecadar recursos para o tratamento de saúde do Mestre. A Mostra Cultural acontecerá em Pelotas no dia 19 de Fevereiro com as seguintes atrações: KAKO XAVIER e a TAMBORADA, Grupo ODÚ ÈMÍ e ODARA.

Também será exibido o documentário O GRANDE TAMBOR, com a participação do Mestre Baptista, realizado pelo Coletivo Catarse e o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacinal e que reconheceu o Tambor de Sopapo como Patrimônio Imaterial do Brasil.

19 de Fevereiro as 19 horas

Local: Clube Cultural Fica Ahí

Mal Deodoro, 368 - Pelotas - RS

Ingresso R$ 5,00
Toda a renda será revertida para o tratamento de saúde do Mestre Baptista




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

lançamento de A PRINCESA É UMA SENHORA

A PRINCESA É UMA SENHORA, música de Richard Serraria e Marcelo (da Redenção) Cougo, parte da trilha sonora do Projeto Tambor de Sopapo, teve seu lançamento na RádioCom (Pelotas-RS). A equipe do Coletivo Catarse, acompanhada do Mestre Baptista, esteve ao vivo batendo um papo sobre o documentário O GRANDE TAMBOR, que tem o patrocínio do IPHAN.

Faça o download da entrevista, clicando aqui.


Assista alguns clipes das versões anteriores da música A PRINCESA É UMA SENHORA, clicando aqui.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

gravação do clipe da música O GRANDE TAMBOR do Mestre Paraquedas

"O Sopapo quase foi esquecido. Pra mim, hoje, ele representa a cultura mais verdadeira do Rio Grande do Sul. Na quinta-feira, 21 de novembro, estivemos no Ponto de Cultura Ventre Livre para gravar o videoclipe da múscica O Grande Tambor, de autoria do Mestre Griô Paraquedas. A música vai fazer parte de um documentário de mesmo nome¹ que resgata a história e a cultura deste instrumento de percussão típico do sul do Rio Grande do Sul, que remonta a época das charqueadas e foi presença importante nos carnavais de Pelotas e Rio Grande entre as décadas de 40 a 70 aqui no estado.
(...)
Já não somos os mesmos, estamos cada vez mais livres, independente de sermos negros, índios, brancos, Catarse, Bataclã, Afro Sul...somos brasileiros descobrindo o que constitui nossa bagagem cultural, do que somos feitos realmente. Isso é libertador e nos dá a energia para seguirmos adiante...

Leia o texto inteiro no blog da Bataclã FC, clicando aqui.
Texto de Têmis Nicolaidis (VJ da Bataclã FC, coordenadora do Ponto de Cultura Ventre Livre e editora do filme O GRANDE TAMBOR)





fotos de Têmis Nicolaidis

 
O Grande Tambor
(música do Mestre Paraquedas)

Negro Sopapo
Parece trovão
Batendo no couro
Sangrando a mão

Grande Tambor
Que vem lá do Cativeiro, da charqueada, do terreiro
É mina, é batuqueiro

Ecoa no céu, retumba no mar
O grande tambor pelotense
É Gege, é Nagô, é raiz
Cultura pura africana
Na sua essência, na sua matriz


Técnico de Som:
Marcos Farias (Marquinhos)

Voz:
Eugênio da Silva Alencar (Mestre Paraquedas)
Liliane Escoto da Silva (Lil)
Richard Serraria
Sarah Brito

Tambores:
Lucas Kinoshita
Nego Vado
Paulo Romeu
Valder Rocha (Sapo)
Paulo Mallet

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Homenagem a Mestre Baptista


Foto de Leandro Anton

Quando inicou o Projeto Tambor de Sopapo, já tínhamos uma noção de que muito seria (re)descoberto, muitas pessoas e personagens seriam revelados pela incrível trajetória do tambor. Contudo, nenhum de nós imaginou que a trajetória de um homem poderia nos mobilizar tanto quanto a do Mestre Baptista.
Através de suas mãos, do ritmo de sua fala, da sua postura, o Tambor de Sopapo foi (re)montando-se frente os nossos olhos e corações.

Hoje prestamos uma homenagem a este grande homem publicando esse perfil que compõe o Museu da Pessoa.

Um grande salve ao Mestre Baptista.
Kaô kabiecí!

Neives Baptista nasceu em 27 de junho de 1936, em Pelotas (RS), numa época em que a cidade ainda era muito pequena e os bondes cruzavam as ruas. Filho de uma dona de casa e um oleiro, teve uma infância simples, mas de muitas brincadeiras, na qual aprendeu o ofício do pai e se divertiu com o agitado carnaval pelotense. Foi ainda muito jovem que descobriu que tinha o dom de ver os mortos.
Seus pais, por muito tempo, acharam que o menino estava louco e acreditavam que suas visões eram obras do demônio. Neives, ainda menino e assustado, passou a escondê-las dos pais.
Tocou a sua vida, trabalhou em diversos empregos. Foi oleiro em uma fábrica de vidro, taxista, ajudante de caminhoneiro e encontrou a sua vocação na profissão de motorista de ônibus da empresa Nossa Senhora da Penha, na qual trabalhou por 20 anos até se aposentar.
Depois de sua aposentadoria, recebeu uma missão espiritual: deveria consultar seus ancestrais africanos para desenvolver um instrumento que há muito tempo havia sido esquecido nos carnavais de sua cidade – o sopapo.


Para ler todo o artigo publicado no Museu da Pessoa, clique aqui

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mestre Baptista grava trilha para o documentário sobre o Tambor de Sopapo


Mestre Baptista passou algumas horas conosco no estúdio da Casa Brasil Dunas, em Pelotas. O Mestre tocou sua cuíca na trilha "Suíte Senzala", composta por Marcelo Cougo especialmente para o documentário que está sendo filmado pelo Coletivo Catarse. Mestre Baptista foi acompanhado do percussionista Dilermando, do ODARA, grupo de dança de pelotas que utiliza o sopapo nas suas apresentações artísticas. Outra participação importante foi da cantora Giamare (em breve postaremos aqui a demo da gravação).

Nesta foto estão Mestre Baptista, Dilermando e Giamare, na Casa Brasil, aguardando para entrar no estúdio.

sábado, 6 de março de 2010

Método prático e eficiente para captação de sopapo



Use dois microfones na captação de Sopapo: um eletrovoice (usado para bumbo de bateria, por exemplo) para captar freqüências graves na parte debaixo do instrumento e outro condensador na parte superior para captar a palma da mão. Deve-se colocar o instrumentista numa cadeira de pé, ótima medida para o resultado final pois a saída inferior de ar do instrumento precisa de espaço em relação ao chão para circulação das freqüências de graves e para que o microfone não seja atingido durante o toque do instrumentista (o que ocorre com facilidade se o instrumentista é posto na posição de pé dentro do estúdio, como se estivesse na avenida ao nível do chão ou num palco com os pés no assoalho). O uso da cadeira resolve isso assim como a possibilidade de o instrumentista tocar acavalado/sentado sobre o sopapo, boa alternativa também. Tome cuidado ainda com o ar condicionado pois vai interferir na afinação do instrumento, visto que a pele é de couro de cavalo ou gado, o que varia bastante com a variação de temperatura. Se precisar afinar às pressas pode ser feito com ferro de passar roupa junto com uma toalha ou secador de cabelo perto à parte superior do instrumento. A forma adequada é através de uma chave nº 13 para afinação conforme explicação do Mestre Batista, batendo com um martelo no aro superior sobre os parafusos grandes que ficam presos aos rebites de ferro e apertando os parafusos com a chave. Nesse caso, a ciência é o ouvido, a percepção da sonoridade que se quer tirar do instrumento. Batista sugere uma parelha de quatro sopapos, por exemplo, afinados cada um num tom: A (lá), C (dó), E (mi) e F (fá); montando assim o acorde de F7M. Talvez isso e certamente muito mais você vai ver com detalhes no documentário que está sendo produzido pelo Coletivo Catarse e Bataclã FC, com finalização e lançamento ainda em 2010: por exemplo, a ação mágica de um pedacinho de compensado com um martelo, todos juntos e sobretudo com um ouvido dotado de uma sabedoria ancestral constituem o peculiar kit de afinação de Mestre Batista. "O pulo do gato", diria o griô nascido no bairro Fragata em Pelotas e morador hoje do bairro Santa Terezinha, Rua São Jorge. O pulo do gato: um dentre muitos outros, digo eu.

Voltando às dicas de gravação: depois na mixagem pode-se juntar os dois canais (gravados separados com 2 microfones diferentes) ou até usar pistas separadas dependendo do que se quer no arranjo da canção (se for o caso). Microfone da parte superior para células rítmicas mais recheadas de semínimas com uso das bordas do instrumento ou microfone inferior para marcação (surdo de 1ª) no centro do sopapo. Na foto de Richard Serraria, Alessandro Brinco (mestre de bateria dos Imperadores do Samba) gravando terceiro disco da Bataclã FC na Tec Áudio, janeiro de 2010. As dicas acima são fruto de uma experiência em estúdio ao longo desses 11 anos de trabalho ininterrupto (desde 1999 quando estivemos no Colégio Pelotense nas primeiras oficinas de construção dos 40 sopapos para o Cabobu, em que trouxemos o primeiro exemplar de sopapo à Bataclã FC) com o instrumento secular das charqueadas adaptado ao contexto de uma banda de rock.

Por Richard Serraria, domingo 7 de março de 2010.