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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O SOPAPO E O CABOBU: a invenção de uma tradição percussiva no extremo sul do Brasil

"O Sopapo, tambor de grandes dimensões encontrado em Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, é cercado por incertezas quanto as suas origens e circulação. Produto da reconstrução diaspórica dos escravos das Charqueadas em Pelotas, no século XIX, foi amplamente usado a partir da década de 1940 em escolas de samba nestas cidades. O tempo promoveu uma migração do instrumento para outros contextos. Artistas /grupos musicais se apropriaram do instrumento no final da década de 1990, ressemantizando sua sonoridade e conferindo status diferenciado ao Sopapo, como elemento identitário e ideológico.
O Projeto CABOBU, idealizado pelo músico Giba-Giba e realizado em Pelotas em 2000
e 2001, foi responsável pelo ressurgimento do Sopapo e por esta recontextualização. Através de uma oficina de construção do instrumento, quarenta Sopapos foram doados aos músicos participantes, entre eles Naná Vasconcelos e Djalma Corrêa, culminando com uma bateria composta por Sopapos, num festival de três dias com palestras sobre a cultura musical afrobrasileira e shows onde o Sopapo estava presente em todas as apresentações, numa grande Festa dos Tambores."


Esta é a introdução do projeto de doutoramento (UFRGS) de Mario de Souza Maia, que você pode ler integralmente clicando aqui.

domingo, 4 de abril de 2010

Na terra de Pinto Martins

O projeto está na cidade de Aracati, terra de Pinto Martins, um dos primeiros charqueadores do estado do Ceará e Rio Grande do Sul.
As oficinas do charque (como os cearenses batizaram o que no sul é conhecido como charqueada) fomentaram um dos ciclos econômicos mais importantes da cidade de Aracati. Porém, depois de uma seca de aproximadamente 05 anos que dizimou o gado da região, Pinto Martins deixou Aracati dirigindo-se ao sul do país, fixando-se em Pelotas. Lá ele aprimorou a atividade que já desenvolvia no estado do Ceará, originando a indústria do charque e o auge econômico da cidade de Pelotas.
Entrevistamos persoangens importantes na preservação da história de Aracati, como o sr. Zé Correa (diretor do Museu de Jaguaribe) e o sr. Antero Filho (pesquisador). Percorremos ainda a comunidade do Cumbe, uma comunidade remanescente de quilombos (aliás, a palavra "cumbe" significa quilombo). Em 2001 foi assinado um tratado de germinação entre os municípios de Pelotas e Aracati, devido a conexão das atividades do charque e seu pioneiro Pinto Martins.

Zé Côrrea, Diretor do Museu do Jaguaribe.

Antiga oficina do charque em Aracati

Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, Cumbe