quinta-feira, 9 de setembro de 2010



O GRANDE TAMBOR, documentário longa-metragem realizado pelo Coletivo Catarse, traz a história do Sopapo e resgata uma das marcas culturais dos negros do RS. Herança dos escravos, o Tambor de Sopapo ecoa pra ser reconhecido, soa pra ser lembrado na própria terra que o recebeu.
O Tambor de Sopapo está na raiz da história do extremo sul do Brasil. Desde as charqueadas até o embalo dos carnavais de rua de Pelotas e de avenida em Porto Alegre. No entanto, a partir dos anos 1970, o processo de carioquização do carnaval brasileiro fez com que este instrumento de difícil construção e de grande porte fosse substituído por instrumentos conhecidos como surdos, também de sonoridade grave e com processo de construção insdustrializado.
No ano de 1999 havia apenas 3 tambores de sopapo identificados no estado do Rio Grande do Sul. Em 2000 e 2001, foram realizadas, então, duas edições do Projeto CABOBU em Pelotas, através da ação do músico Giba Giba, chamando a atenção para a possível extinção do instrumento.
Com intuito de preservar uma das marcas importantes da cultura negra sul-riograndese, o Coletivo Catarse, em convênio com o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, lançará ainda uma cartilha, um livro com degravações de entrevistas e um banco sonoro.
O Coletivo Catarse se junta a Mestre Baptista, Giba Giba e Richard Serraria para que o sopapo sopape nossos ouvidos, pra que a gente possa dançar ao som de um tambor que é a nossa história.

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